Por Caio Oleskovicz.
Esta é uma história de ficção. Ou não.
Esses
tempos, eu tava na frente do metrô com a minha cara de habitual indiferença.
Sabe como é, você não pode ficar se importando muito com as pessoas à sua
volta, porque entra em parafuso. A gente vê de revesgueio a senhora com criança
doente, o deficiente visual que não obtém ajuda, o menino que empurra a pessoa
à sua frente só para se divertir, mas não pode dar muita bola para nada disso.
E eu ouvia meu jazz – me sentindo tão absurdamente ‘cult’ – enquanto a
interação social corria solta à minha volta.